Sistemas: aberto (troca matéria e energia ente si e outros) ; fechado (troca a apenas energia ) ; isolado (não faz quaisquer trocas).
Interação de subsistemas da terra
Geosfera e Atmosfera- Exemplificando, a relação entre a geosfera
e atmosfera, temos, por exemplo, a formação de gases libertados pelo
magma, quando arrefecido em contato com a superfície, nomeadamente nas
erupções que alteram a atmosfera, provocando o aumento da radiação
solar, alteração dos regimes das chuvas e dos mecanismos de meteorização e erosão das rochas.
Geosfera e Hidrosfera- Estes
dois subsistemas estão intimamente relacionados através do ciclo
hidrológico. As águas dos grandes reservatórios naturais estão em
permanente contato com as rochas da geosfera.
O papel da água é justamente a alteração física e química das rochas.
Como por exemplo as rochas sedimentares detríticas e quimogénicas. A água altera fisicamente e quimicamente rochas e minerais.
Geosfera e Biosfera- Do
metabolismo de muitos seres vivos pode resultar a formação de rochas
sedimentares de origem biogénica, como os calcários conquífero (rocha
compacta, mas pouco consolidada. Contem principalmente fósseis de
conchas de alguns molúsculos,
os fósseis são facilmente destacáveis com as mãos) e o
carvão.
Os animais e as plantas são, também importantes agentes de meteorização
( deteorização da rocha) física e química das rochas, contribuindo
assim para formação de rochas sedimentares detríticas. O homem intervém
também na geosfera seja para fabricar utensílios para sobreviver ou para
seu prazer no caso dos combustíveis fosseis (petróleo, gás e carvão).
Atmosfera e Hidrosfera- Evaporação e outras mundaças no estado da água (ciclo da água).
Atmosfera e Biosfera- Processos metabólicos nomeadamente a respiração e fotossíntese, camada de ozono que protege os seres vivos dos raios ultravioletas.
Hidrosfera e Biosfera- Água como constituinte principal dos seres vivos, sistemas urinário e excretor, absorção e ingestão de água por parte dos seres vivos.
Rochas
Existem três tipos de rochas: sedimentares, magmáticas e metamórficas.
Rochas sedimentares
- As rochas sedimentares originam-se à superfície e podem ser Detríticas (originárias de fragmentos de rochas pré existentes) ; Quimiogénicas (precipitação química) ; Biogénicas (matéria orgânica).
As rochas sedimentares detrítcas podem ser consolidadas ou não consolidadas
As rochas sedimentares detrítcas podem ser consolidadas ou não consolidadas.
Formação da Rocha sedimentar detrítica.
Meteorização física e química - erosão- transporte- diagénese (compactação e cimentação; formação de uma nova rocha).
Alguns exemplos importantes de rochas de origem química são os calcários de precipitação e as rochas salinas (evaporitos como o gesso e o sal-gema).
As rochas sedimentares biogénicas são formadas por restos de seres vivos ou por substâncias provenientes da sua decomposição, os calcários biogénicos e os carvões , constituem exemplos deste tipo de rochas.
Rochas magmáticas
Dentro das rochas magmáticas temos a rochas magmáticas vulcânicas (extrusivas) e as rochas magmáticas plutónicas (intrusivas).
rochas magmáticas vulcânicas:
- A formação das rochas magmáticas ocorre com arrefecimento rápido do magma quando chega à superfície nas erupções resultando numa rocha com uma textura afanítica (não se consegue ver os minerais a olho nu). O basalto e o riolito são exemplos de rochas magmáticas vulcânicas.
Rochas magmáticas plutónicas:
- A formação das rochas magmáticas plutónicas ocorre com o arrefecimento lento do magma dentro da câmara magmática quando esta tem o fornecimento do magma que deixa de ser empurrado em direção à superfície dando também mais tempo para os minerais se formarem dando a estas rochas uma textura faneritíca (consegue-se ver os minerais a olho nu). O granito e o gabro são exemplos de rochas magmáticas plutónicas.
Rochas metamórficas:
- As rochas metamórficas são formadas a partir do contacto com as rochas sedimentares e as rochas magmáticas, estas rochas podem sofrer dois tipos de formações, o metamorfismo de contacto ou o metamorfismo regional.
- O metamorfismo de contacto baseia-se na introdução de uma rocha magmática intrusiva numa rocha sedimentar que cria a orla metamórfica (zona de formação da rocha metamórfica onde se dá a troca de energia e matéria), dá-se a recristalização dos minerais e assim se origina uma rocha metamórfica como por exemplo o mármore.
- O metamorfismo regional ocorre nas zonas de subducção (convergência de placas tectónicas
) associado às altas pressões e temperaturas, quanto maior for a pressão e a temperatura maior a foliação (lapidada).
O ciclo litológico das rochas
Idade relativa da terra
-A idade da terra sempre foi uma questão que a Humanidade colocou.
-Em 1664 , james hussher (arcebispo Irlandês) avançou com a teoria de que a terra teria sido criada às nove horas da manhã
de 26 Outubro de 4004 a.C., teoria sustentada pelo seu estudo da bíblia.
- Entre 1707 e 1788, Buffon apresentou a ideia de que a terra teria aproximadamente 74 382 anos, teoria fundamentada por uma experiência com esferas metálicas
em arrefecimento.
- Entre 1726 e 1797, James Hutton (o pai da geologia) ao examinar as discordâncias angulares concluiu que a terra não tinha milhares mas sim milhões de anos
notas:
-As discordâncias angulares ou superfícies de continuidade formam-se quando um grupo de estratos rochosos sofre compressões que originam dobras, o topo das dobras sofre meteorização e erosão e formam-se novos estratos rochosos por cima da dobra reforçando a ideia da estratificação. As discordâncias angulares são o ponto entre a dobra e os novos estratos.
- A estratificação é a sequência de estratos não deformados, em que o estrato que serve de base (muro) é mais antigo em comparação com estrato que se encontra por cima (teto).
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Exeções da estratificação
Para toda a regra existe a exeção e na estratificação não foge delas, aqui está uma listagem de algumas das exeções.
- DOBRAS - deformação e alteração nos estratos rechosos.
-FALHAS - blocos rochosos que fraturam e se movimentam em relação de um e de outro.
-TERRAÇOS FLUVIAIS- O rio transporta sedimentos e estes depositam nas margens.
-DEPÓSITOS EM GRUTAS
PRINCIPIO DE INTERCEÇÃO
-PRINCIPIO DE INCLUSÃO
-PRINCIPIO DE CONTINUIDADE LATERAL
Fósseis
Condições de formação de fósseis:
- Os fosseis e a atividade dos seres vivos aparecem preservados e associados à formação das rochas sedimentares consolidadas como por exemplo argilitos e calcários.
-A ausência de oxigénio que impede a decomposição orgânica.
-Partes duras mantêm-se preservadas pelo processo de mineralização ou seja a substituição da matéria orgânica.
-Rápida deposição de sedimentos em cima do ser vivo em águas frias sem correntes.
-Há formação de fósseis quando o ser vivo fica isolado dos agentes de erosão.
Tipos de fósseis:
Icnofósseis- Marcas da atividade dos seres vivos.
Fósseis vivos- Um ser vivo que evoluiu pouco porém existe na atualidade.
Fóssil de idade- Premite datar a sua idade; seres de descendência curta e grande diversidade geográfica.
Fóssil de ambiente ou facies- Permite descrever o clima e o habitat do local.
Princípios básicos do raciocínio geológico
Catastrofismo- Teoria defendida por Cuvier em que os fenómenos geológicos era explicados com base na bíblia (intervenção divina); os fenómenos geológicos ocorreram pontualmente, de forma violenta e rápida.
Uniformitarismo- Teoria defendida por James Hutton registada na sua obra A Teoria da Terra em 1788, ao defender que "o presente é a chave do passado" que marcou o nascimento da geologia moderna. Foi ao examinar rochas estratificadas , que Hutton pôde verificar a existência de períodos as rochas pareciam perturbadas, alternando com períodos de relativa acalmia. Esta teoria defendia duas ideias:
- Os acontecimentos geológicos do passado são o resultado de forças idênticas às que se observam hoje em dia.
-Os acontecimentos geológicos são o resultado de lentos e graduais processos da Natureza
Gradualismo- Charles lyell defendia que a maior parte dos fenómenos geológicos eram a consequência de processos gradualistas.
Atualismo- Resumindo, é similar ao Uniformitarismo a diferença é que esta exprime as causas enquanto que o Uniformitarismo exprime os resultados.
Neocatastrofismo- Aceitando o Uniformitarismo, admite a existência de catástrofres como importantes agentes modeladores da vida e da geodinâmica terrestre.
Geodinâmica terrestre
- A geodinâmica pode ser interna ou externa
- Geodinâmica interna- conjunto de processos internos (calor, fluidos de circulação, pressão), que produzem alterações na crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica interna são também conhecidos como os agentes construtores de relevo, pois são os responsáveis pela criação da maioria das formas de relevo terrestre - cadeias montanhosas, paisagens geológicas, etc.
-Geodinâmica externa- conjunto de processos externos que conduzem a alteração da superfície da crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes modeladores de relevo ou agentes erosivos, pois modelam o relevo que os agentes da geodinâmica interna criam através da erosão. Os agentes da geodinâmica externa são a água, o vento, as mudanças de temperatura, a gravidade, os glaciares, os seres vivos, etc.
Tempo Geológico
Método direto e indireto
método direto- observável á superficie ex: furamento, sondagens, ravinas, observação, afloramento...
método indireto- Hipóteses (estudo por exemplo da sismologia)
Mobilismo geológico e placas tectónicas
O mobilismo geológico
- Em 1912, Alfred Wegner propôs uma teoria fundamental sobre a mobilidade dos continentes, conhecida como Teoria da Deriva Continental, na qual afirmava que os continentes tinham estado juntos ou parcialmente unidos formando assim um único continente (Pangeia), rodeado por um único oceano (Pantalassa). Em consequência de grandes fraturas, viria a fragmentar-se e assim os continentes movimentarem-se à deriva ao logo do tempo até chegarem à posição atual.
Wegener, baseou-se na morfologia dos contornos continentais, em dados paleontológicos, paleoclimáticos entre outros.
Para explicar a deriva dos continentes wegener formulou duas hipóteses
1- Os continentes abrem caminho através da crosta oceânica, impelidos como um barco na água;
2- A crosta continental flutua sobre a crosta oceânica.
A comunidade cientifica não aceitou a ideia pois esta hipóteses não eram fisicamente possíveis.
nota importante de estudo:
A distribuição dos fosseis pode apoiar a Teoria da deriva dos continentes visto que fósseis de animais terrestres encontrados em diversos continentes era impossivel de serem assim encontrados caso os continentes não tivessem parcialmente unidos no passado, já que estes animais nunca conseguiriam nadar os oceanos para se deslocarem até os diversos continentes, devido á sua morfologia.
Tectónica de placas
Na verdade a explicação para o movimento dos continentes é a existência das placas tectónicas. Estas placas são limites que podem ser convergentes (destrutivos) associados às zonas de subducção, divergentes (construtivos) associados aos riftes e os conservativos onde não há destruição nem formação de rocha apenas movimento
Morfologia da crosta oceânica
nota adicional: escudos ou cratões- local onde existem rochas mais antigas (600 m.a)
Vulcanologia
vulcanismo associado a cada limite
Limites convergentes- vulcanismo de subducção
- 80% dos vulcões
- zonas de convergência de placas tectónicas
- origem do magma a zonas pouco profundas e de ph ácido
- erupções do tipo explosivo, misto
Limites divergentes
- vulcanismo de vale de rifte
- afastamento de placas tectónicas (O-O ou C-C), origina fissuras na crosta, podendo ter milhares de quilómetros, através dos quais rochas sólidas aquecidas (magma) ascende à superficie.
- na superfície a lava arrefece formando bassalto, europções subaquáticas formam lavas em almofada.
vulcanismo intraplacas
- representa 5% dos vulcões ativos.
- ocorre no interior das placas litosféricas.
- origem do magma- zonas profundas do manto no limite entre o manto e o núcleo.
- zona de pontos quentes (hot spot)
Hot spot- pluma térmica, um lugar onde ascende magma de forma contínua formando vulcões, à medida que a litosfera se move o vulcões movem-se e dá-se origem a outros novos.
- O vulcanismo pode ser primário ou secundário (residual); divide-se também por dois tipos de atividade tais como:
Atividade fissural associada aos riftes e a atividade central associada aos vulcões.
